Qual a língua mais difícil de aprender para os americanos?

O que torna uma língua difícil de aprender?

Antes de sair apontando nomes, vale entender um detalhe importante: a dificuldade de aprender um idioma depende muito da distância linguística e cultural entre o idioma nativo (inglês, no caso) e o idioma que se quer aprender. A gramática, a fonética, os alfabetos e até os gestos mudam bastante de um idioma pra outro. E vamos combinar... tem língua que parece de outro planeta.

Fatores que impactam a dificuldade

• Sistema de escrita (alfabetos não-latinos são mais desafiadores)

• Sons inexistentes no inglês (como tons ou cliques!)

• Estrutura gramatical muito diferente (declinações, gêneros, etc)

• Pouca exposição na mídia ou no cotidiano americano

As línguas mais desafiadoras segundo o FSI

O Foreign Service Institute (FSI), que treina diplomatas dos EUA, classifica idiomas conforme o tempo médio pra alcançar fluência. E, olha só, algumas línguas chegam a exigir mais de 2200 horas de estudo intensivo.

Top 3 mais difíceis para falantes nativos de inglês:

Mandarim (Chinês)

Aí está o campeão. Com seus tons vocais (sim, a mesma palavra pode significar algo totalmente diferente dependendo do tom!), os ideogramas que somam milhares, e uma estrutura completamente diferente do inglês, o mandarim costuma ser o maior bicho-papão.

Mas calma... tem americano que se apaixona tanto pela cultura chinesa que nem sente o tempo passar. A dificuldade tá mais na escrita e compreensão auditiva.

Árabe

Ah, o árabe. Língua linda, mas cheia de truques. Primeiro, a escrita vai da direita pra esquerda, o que já é um desafio inicial. Depois, os sons guturais que simplesmente não existem em inglês. E ainda tem os dialetos regionais, que mudam tanto que um egípcio e um marroquino podem não se entender!

Aliás, um amigo meu que estudou árabe jurava que "sentia dor de cabeça só de olhar o dicionário". Verdade seja dita: é complicado, mas fascinante.

Japonês

Se o mandarim já assusta, o japonês dá nó na cabeça. Três sistemas de escrita: hiragana, katakana e kanji. Isso mesmo. E os níveis de formalidade? Pode mudar tudo numa frase dependendo de quem está ouvindo.

Mas cá entre nós... muita gente mergulha no japonês por causa de animes e cultura pop, então o amor acaba vencendo o medo. Mesmo que demore.

Outras menções honrosas (ou desonrosas?)

Coreano

Apesar de ter um alfabeto lógico e até fácil (o Hangul), a estrutura do coreano é distante demais do inglês. Verbos no fim da frase, níveis de respeito, sons complicados... enfim, não é moleza.

Húngaro

Uma língua europeia, mas nada amigável pra anglófonos. O húngaro tem casos gramaticais, sufixos malucos e vocabulário bem diferente do que um americano está acostumado. (Quase ninguém escolhe por hobby, convenhamos.)

Mas e o português?

Curiosamente, o português brasileiro é considerado de dificuldade média. Tá no mesmo grupo de francês e italiano. Apesar das conjugações verbais loucas e das nasais que confundem um pouco, os americanos ainda se viram bem. Ou melhor: tentam, né? Já ouvi gringo dizendo "obrigada" mesmo sendo homem... mas a gente perdoa!

Conclusão: tudo depende da motivação

Então, qual a língua mais difícil? Oficialmente, o mandarim leva esse título. Mas se o cara for apaixonado por sushi, talvez o japonês vire passeio. Ou se namorar alguém da Síria, o árabe flui que é uma beleza (bom, mais ou menos…).

No fim das contas, a dificuldade vira detalhe quando entra a paixão pela língua e pela cultura. Difícil mesmo é continuar estudando sem uma motivação real. E isso, meu amigo, vale pra qualquer idioma.

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