O que é preciso para emitir boleto bancário? Entenda já

Por que usar boleto bancário ainda faz sentido?

Sendo bem sincero... eu mesmo achava que boleto era coisa do passado. Tipo, com Pix, cartão de crédito e essas paradas todas digitais, por que alguém ainda usaria boleto, né? Mas aí conversei com o João, um amigo que vende cursos online, e ele me mostrou como MUITA gente ainda prefere pagar por boleto. Especialmente quem não tem cartão ou quer mais controle do que tá pagando.

E faz sentido. O boleto é simples, seguro e funciona pra todo mundo. Mas aí vem a dúvida: o que exatamente você precisa pra começar a emitir boletos?

Requisitos básicos para emitir boletos bancários

Você precisa de uma conta bancária (mas não qualquer uma)

Primeira coisa que aprendi na marra: não dá pra sair por aí emitindo boleto com conta poupança ou conta salário. Você precisa de uma conta PJ (Pessoa Jurídica) ou, em alguns casos, uma conta corrente com habilitação pra cobrança.

Na época que tentei fazer isso por conta própria, com minha conta pessoal, levei um balde de água fria do gerente. Ele disse: “olha, até dá pra liberar, mas o ideal mesmo é você abrir uma conta PJ se vai fazer isso com frequência”.

Habilitação de carteira de cobrança no banco

Well, outro detalhe que quase me fez desistir foi esse tal de “convênio de cobrança”. Parece complicado, mas basicamente você precisa pedir ao banco pra habilitar a função de emissão de boletos. Isso inclui assinar um contrato (sim, papelada, infelizmente) e às vezes até comprovar movimentação da empresa.

E, dependendo do banco, você pode pagar uma taxa por boleto emitido ou registrado. Por isso, é bom comparar entre os bancos, porque algumas fintechs já oferecem isso sem tanta burocracia (vou falar disso mais abaixo).

Informações obrigatórias para gerar um boleto

Dados do pagador e do beneficiário

Pra gerar um boleto, você vai precisar de:

• Nome e CPF/CNPJ do pagador

• Nome e CPF/CNPJ do beneficiário (ou seja, você ou sua empresa)

• Valor a ser cobrado

• Vencimento

• Multa e juros (se houver)

Teve um dia que preenchi o CPF do cliente errado e, adivinha? O boleto voltou como inválido. Achei que era bug da plataforma. Fiquei horas tentando entender até o suporte me dizer: “dá uma olhada no número do CPF”. Resultado: erro bobo, tempo perdido.

Linha digitável e código de barras

Isso é gerado automaticamente pela plataforma ou sistema do banco, mas é importante conferir sempre se tá tudo certinho. Já vi caso de amigo que mandou boleto com código de barras quebrado e o cliente não conseguiu pagar. Aí complica, né?

Plataformas e ferramentas para emissão de boletos

Bancos tradicionais

Se você for usar banco tradicional, tipo Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, geralmente precisa habilitar a carteira de cobrança direto no gerente. É um processo mais demorado, mas é o mais “clássico”.

Mas ó, prepare-se pra taxas, tarifas por boleto e, às vezes, um sistema meio jurássico. Já usei sistema interno de um desses bancos e parecia tela de DOS dos anos 90, sem brincadeira.

Fintechs e soluções digitais

Hoje em dia, você pode usar plataformas como:

• Asaas

• Juno (antiga BoletoBancario.com)

• Gerencianet

• PagSeguro

• Mercado Pago

Essas plataformas são mais fáceis, intuitivas, e muitas vezes já incluem geração automática de boletos registrados. Algumas até integram com sistemas de gestão ou e-commerce. Lembro que o João (aquele do começo do texto) me mostrou como ele gera boletos direto do celular. Coisa de outro mundo.

Cuidados e erros comuns (que eu cometi também)

Não registrar o boleto? Problema na certa

Depois de 2018, todos os boletos precisam ser registrados. Isso quer dizer que o banco precisa saber quem vai pagar, quanto, quando, etc. Boleto sem registro pode ser recusado na hora do pagamento.

Na primeira vez que emiti sem saber disso, o cliente foi no banco pagar... e voltou frustrado. Eu também fiquei! A sorte é que ele era paciente. Não cometa o mesmo vacilo.

Ignorar as taxas extras

Ah, e tem também a questão das multas, juros e taxas bancárias. Você pode configurar isso no boleto, mas tem que ser claro com o cliente. Já tive gente reclamando que não foi avisada da multa por atraso. E, sinceramente? Tava lá, mas escondido demais. A partir daí comecei a deixar tudo bem explícito no e-mail de envio.

Conclusão: emitir boleto não é bicho de sete cabeças

No fim das contas, emitir boleto bancário é bem mais tranquilo do que parece — desde que você tenha as ferramentas certas e preste atenção nos detalhes. Ter uma conta habilitada, usar uma plataforma confiável, e revisar bem as informações são passos fundamentais.

E olha, uma vez que tudo tá rodando direitinho, é super prático. Você automatiza cobranças, melhora seu controle financeiro e ainda oferece ao cliente mais uma opção de pagamento. Vale a pena.

Se estiver começando agora, minha dica é: experimenta uma fintech primeiro antes de encarar a burocracia de banco grande. Vai por mim, pode te poupar muito tempo (e dor de cabeça).

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