Porque airfryer não é saudável? Descubra o outro lado da história

A fama da airfryer como “milagre saudável” — será mesmo?

Nos últimos anos, a airfryer virou queridinha nas cozinhas brasileiras. “Frita sem óleo!”, “mais saudável!”, “menos gordura!”. Mas… será que é tudo isso mesmo? Spoiler: não é tão simples assim.

Claro, ela tem suas vantagens. Mas tem também uns pontos meio escondidos que pouca gente comenta. Então bora olhar com calma: será que a airfryer é mesmo tão saudável quanto parece?

Compostos tóxicos: quando o calor vira problema

Acrilamida: o inimigo invisível

Quando você esquenta certos alimentos (principalmente ricos em amido, tipo batata) a altas temperaturas, rola uma reação química que forma um composto chamado acrilamida. Esse troço aí pode ser cancerígeno, segundo a Organização Mundial da Saúde.

E adivinha onde essa reação rola bonito? Exato. Na airfryer.

Tipo assim: se você coloca batata por muito tempo lá dentro e ela sai bem dourada ou até tostadinha… pode ter certeza que um pouco de acrilamida rolou ali. E não é exclusividade da airfryer não — forno, fritura, grelha, tudo isso também pode gerar.

Mas o problema da airfryer é que, por parecer “inofensiva”, a gente abusa. Acha que tá comendo super leve. E aí exagera sem culpa.

Alimentos ultraprocessados “fit”? Nem tanto

Muita gente mete nuggets, empanados congelados, batata pré-pronta na airfryer achando que “como não vai óleo, tá tranquilo”. Só que esses produtos já vêm cheios de sódio, conservantes e gordura escondida. E esquentar eles de novo em alta temperatura só piora.

Não adianta preparar porcaria de um jeito “moderno” e achar que virou saudável. É tipo colocar refrigerante diet e achar que tá cuidando da saúde — melhora uma coisinha e ignora o resto.

O tipo de alimento importa mais que o aparelho

Legumes e alimentos frescos? Ok!

Se você usa a airfryer pra assar abobrinha, berinjela, cenoura ou até um frango temperado com ervas naturais… tá beleza. É um uso ótimo do aparelho. Aí sim a airfryer pode ajudar.

Mas a real é que muita gente compra o aparelho já pensando no pastel, na coxinha, na salsicha empanada. Aí complica. Porque no fim, a máquina não é mágica. É só uma fonte de calor bem potente.

A falsa sensação de “comida de dieta”

Outro perigo é psicológico. A pessoa acha que tudo que sai da airfryer é light. Aí come em dobro. Três pedaços de frango empanado, “porque não tem óleo”, mais batata, mais molhinho... Quando vê, comeu mais caloria do que se tivesse feito um arroz e feijão com salada.

A airfryer não emagrece ninguém. E também não corrige maus hábitos.

Manutenção e limpeza: o lado que ninguém curte

Resíduos queimados que se acumulam

Sabe aquele cheirinho de queimado que às vezes sai da airfryer? Pois é. Isso geralmente é resto de comida carbonizada, que ficou preso ali nas grades ou na bandeja.

Se não limpar direito — e vamos ser sinceros, nem todo mundo limpa como devia — essas partículas podem soltar compostos ruins na próxima rodada de preparo.

É tipo fazer comida nova em uma frigideira com resto de gordura velha. Não é legal.

Materiais e revestimentos

Algumas airfryers baratinhas usam teflon ou materiais que, em altas temperaturas, soltam resíduos. Não é comum, mas acontece. E se a proteção do cesto começa a descascar, aí o risco aumenta.

Por isso, se for usar, invista num modelo de qualidade e cuida bem dele.

Conclusão: airfryer é prática, mas não é mágica

A airfryer não é vilã, mas também não é solução milagrosa. O que importa é o que você coloca dentro dela e como você usa. Se for pra facilitar uma rotina saudável — ótimo. Mas se virar desculpa pra comer porcaria sem culpa… aí o tiro sai pela culatra.

A real? Comer bem ainda é sobre ingredientes de verdade, moderação, e evitar os ultraprocessados sempre que der. A airfryer pode ajudar — mas só se a gente fizer a nossa parte.

Então… vai de batata doce ou vai de nuggets hoje? A escolha é sua.

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