Quando "voo" perdeu o acento? Entenda a mudança ortográfica que gerou dúvidas
A nova ortografia e o fim do acento em “voo”
Muita gente ainda se pergunta: ué, “voo” não tinha acento? E a resposta é sim, tinha. Mas com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor em 2009, algumas palavras perderam acentos gráficos — e “voo” foi uma delas.
Antes, escrevia-se “vôo”, com acento circunflexo no primeiro "o". Hoje, oficialmente, o correto é “voo”, sem nenhum acento.
O que mudou exatamente?
A mudança afetou todas as formas verbais com dupla vogal “oo” ou “ee” na mesma sílaba:
Enjoo (antes: enjoô)
Perdoo
Abençoo
Leem (antes: lêem)
Creem
Essas palavrinhas pareciam complicadas, mas no fim das contas... a pronúncia continua a mesma, né? A mudança foi só na escrita mesmo.
Quando a mudança entrou em vigor?
Linha do tempo da reforma
1990: Acordo Ortográfico foi assinado por países lusófonos (Brasil, Portugal, Angola etc.).
2009: Brasil começou a aplicar as novas regras oficialmente.
2016: Período de transição acabou. A partir daqui, só a nova ortografia é aceita em documentos oficiais, concursos, vestibulares etc.
Ah, importante: entre 2009 e 2016, as duas formas eram aceitas. Então se você escreveu “vôo” em 2010, tudo bem. Mas hoje... melhor atualizar.
E Portugal? Seguiu igual?
Sim e não. Portugal também adotou as mudanças, mas com mais resistência. Na prática, ainda há jornais e autores portugueses que insistem em manter as formas antigas (eita apego, viu?). No entanto, em contextos formais, o acordo está sendo respeitado — inclusive na grafia de “voo”.
Por que “vôo” perdeu o acento?
O motivo técnico por trás da mudança
A ideia era simplificar. O acento em “vôo” servia pra diferenciar a palavra de outras com sons parecidos? Nem tanto. A pronúncia era a mesma, com ou sem o circunflexo. Então os linguistas acharam que não fazia muito sentido manter esse acento.
Além disso, a reforma buscava unificar a ortografia entre os países lusófonos, pra facilitar livros, documentos oficiais, sistemas de ensino e por aí vai.
No fim das contas, foi uma tentativa (nem sempre bem recebida) de padronizar a escrita do português.
Ainda dá pra escrever com acento?
Olha, tecnicamente... não. Pelo menos não se você quiser seguir a norma culta atual. Em redações de vestibular, provas de concurso, TCCs e coisas mais formais, escrever “vôo” é considerado erro ortográfico.
Mas em textos antigos? Ou em poemas? Em nomes de livros publicados antes da reforma? Aí sim, você ainda encontra a forma com acento. E tá tudo certo — é só uma questão de contexto.
Conclusão: “voo” hoje voa sem acento — e tá tudo bem
A palavra “voo” perdeu o acento em 2009 com o Acordo Ortográfico, numa tentativa de simplificar e unificar o português escrito. Apesar da confusão inicial, a mudança pegou — quer dizer, mais ou menos, né? Porque sempre tem aquela galera que prefere o jeitinho antigo (e a gente até entende).
Mas se você quer escrever de acordo com a norma atual, sem medo de errar, já sabe: é “voo”, sem acento. E se pintar dúvida, lembra que o importante é manter a clareza — com ou sem chapeuzinho.
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