Porque o autista fica olhando para cima?

Porque o autista fica olhando para cima? Entenda o comportamento!

O que pode explicar o olhar para cima em pessoas autistas?

Bom, eu vou ser bem sincero com você: o comportamento de olhar para cima em pessoas com autismo sempre foi uma dúvida para mim também. Durante muito tempo, não entendia por que algumas pessoas com autismo, especialmente crianças, se comportavam dessa maneira. Mas depois de conversar com especialistas e ler mais sobre o assunto, percebi que esse comportamento tem muito mais a ver com a maneira como o cérebro autista processa estímulos sensoriais.

A percepção sensorial no autismo

Primeiramente, precisamos entender que pessoas com autismo muitas vezes têm uma percepção sensorial diferente. Ou seja, elas podem perceber o mundo de forma intensificada ou de maneira atenuada, dependendo do estímulo. Algumas pessoas autistas ficam sobrecarregadas com sons, luzes e até mesmo movimentos ao redor delas. Esse comportamento de olhar para cima pode ser uma forma de filtrar ou evitar esses estímulos excessivos.

A sobrecarga sensorial

Já vi isso acontecer com alguns amigos meus que têm filhos autistas. Um deles, o Lucas, sempre olhava para cima quando o ambiente estava muito barulhento ou com muitas pessoas. Eu lembro de uma situação em que estávamos em uma festa, e ele fez exatamente isso. Ele parecia estar tentando escapar do caos ao seu redor, buscando um "ponto seguro" para focar. Pode parecer estranho para quem não conhece o comportamento, mas para Lucas, isso era uma forma de se proteger da sobrecarga sensorial.

O que mais pode estar por trás do olhar para cima?

Além da sobrecarga sensorial, existem outras razões pelas quais pessoas autistas podem olhar para cima. Aqui estão algumas que se destacam:

Estímulos visuais interessantes

Algumas pessoas com autismo têm uma fixação em certos objetos ou padrões visuais. O ato de olhar para cima pode ser uma forma de se concentrar em algo que lhes interessa ou chama sua atenção, como o movimento das nuvens, luzes ou até reflexos. Quando meu amigo Carlos me contou sobre o comportamento do seu filho, Pedro, ele explicou que Pedro adorava observar padrões no teto, como as sombras que se formavam com a luz. Era algo que realmente o acalmava.

Busca por rotina e previsibilidade

O autismo está muitas vezes ligado à busca por rotina e previsibilidade. O olhar para cima pode ser uma tentativa de encontrar algum padrão visual que traga segurança ou conforto. Essa sensação de controle e previsibilidade é fundamental para muitas pessoas no espectro autista, ajudando a reduzir a ansiedade.

Como lidar com esse comportamento?

Bom, se você tem um amigo, parente ou conhece alguém com autismo que apresenta esse comportamento, talvez você se pergunte como reagir ou se deve fazer algo a respeito. A resposta é: não há problema nenhum em olhar para cima. Esse comportamento faz parte da maneira única como o cérebro da pessoa autista funciona. Em vez de tentar mudar isso, o melhor é buscar compreender e apoiar a pessoa de acordo com suas necessidades sensoriais.

Proporcionando um ambiente mais tranquilo

Se você convive com alguém com autismo, pode ajudar a criar um ambiente mais tranquilo e menos sobrecarregado. Menos luzes fortes, sons altos ou estímulos excessivos podem ajudar muito a reduzir a necessidade de se "escapar" para o olhar para cima.

Conclusão: Aceitando a diversidade dos comportamentos autistas

Bem, depois de tudo o que eu compartilhei, o mais importante é entender que esse comportamento não é algo negativo nem algo que deva ser “consertado”. O olhar para cima é uma estratégia adaptativa para lidar com o mundo que pode ser avassalador para muitas pessoas autistas. Ao invés de julgarmos, devemos procurar formas de apoiar, oferecendo um ambiente mais acolhedor e compreensivo. A diversidade de comportamentos no espectro autista é apenas mais uma das formas incríveis de ver o mundo de maneira única.

Se você já percebeu esse comportamento em alguém próximo, espero que agora consiga entender melhor o que está por trás dele. E, se tiver mais dúvidas, é sempre bom procurar especialistas na área para aprender ainda mais sobre esse tema fascinante.

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