Quanto ganha um ledor e transcritor? Descubra a real

Entendendo a função: não é só “ler e escrever”

Se você nunca ouviu falar em ledor e transcritor, tá tudo bem — muita gente ainda não entende direito o que esse profissional faz. Mas ó: é um trabalho essencial, principalmente em concursos públicos, provas escolares e atendimento a pessoas com deficiência visual.

Um ledor é quem lê provas, documentos ou conteúdos para uma pessoa que não pode ler sozinha (geralmente por deficiência visual). Já o transcritor é quem escreve ou digita o que essa pessoa dita ou responde. Simples? Nem tanto. Exige atenção absurda, ética e muito preparo emocional.

Lembro quando meu amigo Igor — que é deficiente visual — me contou sobre uma prova do ENEM em que o ledor dele se enrolou todo com termos técnicos. Resultado? Resposta errada. Isso mostra como o papel vai MUITO além de só "ler em voz alta". Precisa sensibilidade. Clareza. Paciência.

Quanto ganha um ledor e transcritor? (A pergunta que não cala)

Valores por evento: varia bastante

Infelizmente, não existe um salário fixo universal. A maioria dos ledores e transcritores é contratada de forma temporária, geralmente pra concursos públicos, vestibulares e ENEM.

Pelo que pesquisei (e pelo que me contou a Júlia, que trabalha como ledora há uns 3 anos), os valores médios são:

• Entre R$ 100 e R$ 250 por dia de trabalho

• Às vezes é por hora: de R$ 25 a R$ 40 por hora

• No ENEM, por exemplo, o valor pago gira em torno de R$ 120 a R$ 180 por turno

Mas olha... já vi casos de gente ganhando menos que isso. Principalmente quando a contratação é feita por empresa terceirizada. Aí o valor final acaba bem menor do que o justo.

Concursos e universidades: melhor remuneração

Algumas instituições federais pagam mais, especialmente em processos seletivos de grande porte. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por exemplo, já chegou a pagar R$ 250 por dia, com treinamento incluso.

Mas aí é questão de sorte e contato — se você conhece quem organiza, suas chances aumentam (é, a realidade é essa).

Vale a pena financeiramente?

Se for pelo dinheiro… talvez não

Vou ser bem honesto: se você quer viver só disso, vai passar aperto. Porque é um trabalho esporádico, sem estabilidade, sem contrato fixo. Tem meses que rola bastante, outros que você fica no zero.

Mas como renda extra, é ótimo

Agora, se você já trabalha com educação, inclusão, ou quer um extra nos fins de semana, vale super a pena. Além do dinheiro, tem um fator emocional que pesa muito: você sente que tá fazendo diferença real na vida de alguém.

Te juro, uma vez fui transcritor de um aluno com paralisia nas mãos. No fim da prova, ele me disse: “Você escreveu com meu pensamento.” Bicho, aquilo me marcou. Muito mais que o valor que recebi depois.

Como conseguir vagas como ledor ou transcritor?

Fica de olho nos editais e processos seletivos

Grande parte das vagas aparece junto com editais de concursos, vestibulares e ENEM. É só procurar nos sites das bancas organizadoras: FGV, Cesgranrio, Vunesp, IBFC…

Você também pode se cadastrar em plataformas de acessibilidade educacional, e em faculdades ou secretarias de educação da sua cidade.

Ah, e dica extra: faça cursos de acessibilidade e leitura em voz alta. Te destaca dos outros e ajuda muito na hora da seleção.

Networking ajuda (mesmo que soe clichê)

Conhecer quem já atua na área pode abrir portas. Foi assim que a Júlia entrou — uma professora da escola dela indicou. Depois disso, virou figurinha carimbada nos concursos locais.

Conclusão: não paga rios de dinheiro, mas vale cada minuto

O trabalho de ledor e transcritor não é glamouroso, nem vai te deixar rico. Mas é digno, necessário e profundamente humano. Você ajuda alguém a acessar o que, de outra forma, seria inalcançável.

E olha... às vezes, quando você segura o braço de alguém nervoso antes da prova, ou quando ouve um “obrigado, de verdade” no fim do dia — você percebe que tem ganhos que não cabem na conta bancária.

Então, se um dia te chamarem pra ser ledor, não subestime. Pode ser o trabalho mais importante da semana. Ou até da sua vida.

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O uso de drogas afeta, diretamente, a cognição, capacidade de julgamento, humor e as relações interpessoais, ou seja, compromete a inserção da pessoa em sua comunidade e sua relação com esta.17 de fev. de 2006

Como é a vida de um viciado?

O dependente químico possui um estilo de vida centrado em si mesmo, sem pensar nas consequências de seus atos. Ao centrar suas atitudes apenas na droga, o viciado sente uma espécie de bem-estar e não consegue analisar as consequências de seus atos.5 de mar. de 2021

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