Quem sofre de colesterol pode beber vinho? Descubra a verdade

Vinho e colesterol: amigos ou inimigos?

Se você tem colesterol alto e curte tomar uma tacinha de vinho de vez em quando, provavelmente já se perguntou: isso faz bem ou piora a situação? A resposta não é tão preto no branco. Depende da quantidade, do tipo de vinho e, claro, da saúde geral da pessoa.

A boa notícia? Alguns estudos indicam que o vinho, especialmente o tinto, pode ajudar no controle do colesterol — se consumido com moderação. Mas calma lá, não é pra abrir a garrafa toda no jantar de domingo, hein.

O que dizem os especialistas sobre vinho e colesterol

O papel dos antioxidantes no vinho tinto

O vinho tinto contém resveratrol, um antioxidante presente nas cascas das uvas tintas. Ele é famoso por seus efeitos positivos no coração, inclusive:

• Aumento do colesterol HDL (o “bom”)

• Redução da oxidação do LDL (o “ruim”)

• Efeito anti-inflamatório leve

Não é mágica, mas ajuda. Segundo pesquisadores da Universidade de Harvard, uma dose moderada de vinho pode ter impacto positivo no sistema cardiovascular em pessoas com colesterol controlado.

Mas... é uma dose, não duas, nem três.

Vinho branco tem o mesmo efeito?

Menor, bem menor. O vinho branco tem menos polifenóis, porque é feito sem a casca da uva. Ou seja: o vinho tinto ainda é o "queridinho do coração".

Quantidade segura: o que é considerado "moderação"?

Aqui entra um ponto delicado. A tal “moderação” significa:

• Para mulheres: até 1 taça (125 ml) por dia

• Para homens: até 2 taças (250 ml) por dia

Isso porque o metabolismo do álcool é diferente entre os sexos. E sim, é diário, mas isso não quer dizer que precisa beber todo dia. Também vale lembrar: acumular as doses do fim de semana não vale!

Aliás, se você não bebe, não comece só por causa do resveratrol. Ele também está presente em suco de uva integral, frutas vermelhas e até cacau puro.

Casos em que o vinho deve ser evitado

Pessoas com triglicerídeos altos

O vinho contém álcool, e o álcool pode aumentar os níveis de triglicerídeos, que também são gorduras no sangue. Se seu exame já deu alterado nesse ponto, talvez seja melhor evitar ou consultar seu médico antes de qualquer gole.

Uso de medicamentos para colesterol

Alguns remédios (como as estatinas) podem interagir com o álcool, afetando o fígado ou reduzindo a eficácia do tratamento. Por isso, sempre converse com seu médico antes de incluir vinho na rotina, mesmo que em pequenas quantidades.

Uma amiga minha, por exemplo, tomava rosuvastatina e continuava bebendo vinho tinto à noite. Achava que tava fazendo bem. Resultado? Enzimas hepáticas alteradas nos exames. Depois que parou o vinho, tudo voltou ao normal.

Existe alternativa ao vinho?

Claro! Se a intenção for aproveitar os benefícios cardiovasculares, há opções:

• Suco de uva integral: contém resveratrol, sem álcool

• Chá verde: rico em antioxidantes

• Frutas vermelhas: morango, amora, mirtilo... uma delícia e muito saudáveis

• Exercício físico regular: mais eficaz do que qualquer bebida

No fim das contas, o vinho pode ser um complemento. Mas não substitui alimentação saudável, atividade física e exames regulares.

Conclusão: sim, mas com responsabilidade

Então, quem sofre de colesterol pode beber vinho?
Sim, em muitos casos — desde que seja com moderação, e sob orientação médica. Uma taça de vinho tinto pode até ajudar, mas exagerar anula todos os benefícios (e piora outros marcadores do sangue).

Se for beber, escolha um vinho de boa qualidade, beba devagar, e de preferência acompanhado de uma refeição equilibrada. E claro, nada substitui uma boa conversa com o cardiologista.

Porque, cá entre nós, saúde não se brinca. E vinho... a gente saboreia, não vira.

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