Quem tem H. pylori engorda ou emagrece?

O que é a bactéria H. pylori e por que ela afeta o peso?

Pequena no tamanho, mas poderosa nos efeitos

A Helicobacter pylori (ou simplesmente H. pylori) é uma bactéria que se instala no estômago e pode ficar lá por anos sem a pessoa nem perceber. Ela é bem comum — estima-se que mais da metade da população mundial já teve ou tem essa bactéria.

E o curioso é que ela pode sim afetar o peso corporal... mas não do jeito que muita gente pensa. Em alguns casos, a pessoa perde peso. Em outros, ganha. Estranho, né? Mas tem lógica (juro que sim!).

H. pylori emagrece? Em muitos casos, sim

Porque a fome desaparece...

Uma das consequências mais típicas da infecção por H. pylori é a redução do apetite. A bactéria altera o ambiente gástrico, provocando inflamação e até uma certa “sensação de estômago cheio”, mesmo sem ter comido quase nada.

Além disso, pode causar sintomas como:

• Náuseas

• Azia constante

• Estufamento

• Dor ou queimação no estômago

Tudo isso dificulta a alimentação normal. E aí a pessoa vai comendo menos, às vezes até sem perceber — e emagrece.

Conheci uma moça que perdeu 6 kg em 2 meses sem fazer dieta. Achou que era estresse... até que descobriu que tinha H. pylori. Começou o tratamento e, pasme, voltou a ganhar peso normalmente.

E a digestão piora

A bactéria interfere também na produção de ácido gástrico, o que pode deixar a digestão mais lenta ou ineficiente. Resultado? O corpo não aproveita bem os nutrientes e a perda de peso pode ser progressiva.

Mas tem quem engorde com H. pylori? Sim, também acontece

Compensando a dor com comida

Algumas pessoas relatam o contrário: em vez de perder peso, elas passam a comer mais como forma de aliviar o desconforto. É tipo um ciclo meio doido — a pessoa sente que “está com fome”, mas na real está com dor ou azia, e come pra tentar “acalmar o estômago”.

O problema é que essa tática geralmente não funciona e ainda pode levar ao ganho de peso (sem contar o mal-estar).

Efeitos hormonais sutis

Estudos recentes sugerem que a H. pylori pode alterar hormônios relacionados à saciedade e à fome, como a grelina e a leptina. O que significa isso na prática? O corpo manda sinais confusos, tipo: “você tá com fome, mesmo sem estar”.

Esse tipo de alteração hormonal ainda está sendo estudado, mas sim, já há indícios de que a H. pylori pode bagunçar o metabolismo e contribuir para o ganho de peso em certos casos.

Como saber se você está com H. pylori?

Sintomas mais comuns

• Dor ou queimação no estômago (geralmente pior em jejum)

• Náusea ou enjoo frequente

• Sensação de inchaço abdominal

• Perda de apetite (ou fome fora de hora)

• Mau hálito persistente

• Perda ou ganho de peso inexplicado

Se você tem alguns desses sintomas, o ideal é procurar um médico e fazer exames como o teste do hálito, endoscopia ou exame de fezes. Nada de se auto diagnosticar, hein? Nem todo desconforto no estômago é H. pylori.

Tratamento e reversão dos efeitos no peso

Antibióticos e mudança de hábitos

O tratamento da H. pylori geralmente envolve uma combinação de antibióticos + inibidores de ácido gástrico. Leva em média de 7 a 14 dias. Em muitos casos, depois do tratamento, o apetite volta ao normal e o peso começa a se estabilizar — pra mais ou pra menos.

Também é importante cuidar da alimentação durante o processo:

• Evitar café, álcool e frituras

• Comer com regularidade, em porções menores

• Incluir alimentos calmantes pro estômago como batata, banana, aveia

E, claro, sempre com acompanhamento médico ou nutricional. Não vai sair tomando antibiótico por conta própria, hein?

Conclusão: H. pylori pode engordar ou emagrecer — depende

A bactéria H. pylori tem efeitos bem variados. Na maioria dos casos, causa perda de peso, por reduzir o apetite e causar desconforto. Mas em outros, pode contribuir pro ganho de peso — principalmente por alterações hormonais ou compensações emocionais com comida.

O importante é prestar atenção nos sinais do seu corpo. Sentiu desconforto persistente no estômago, mudanças no apetite ou peso fora do normal? Procure orientação. Porque com saúde, não dá pra brincar.

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